Copa Africana de Nações: O grupo F e as similaridades de seus componentes.

No dia 21 de junho, a Copa Africana de Nações teve o primeiro jogo de sua 32ª edição. A principal competição de seleções africanas está sendo realizada no Egito e 24 seleções iniciaram a disputa pelo titulo há duas semanas.

Quando se trata de uma competição dessa magnitude, muitos fatos e pontos importantes do torneio ficam em evidência. Talvez, para páginas esportivas, as principais atenções da CAN 2019 estejam em volta de Mohamed Salah, um dos principais jogadores do futebol mundial que disputará a copa em casa. Já para jornais que tratem de mobilidade urbana e turismo, os pontos mais importantes da competição sejam, na verdade, pontos turísticos e os melhores trajetos para os estádios. Contudo, para nós do ''Por Trás das Cores'' o ponto mais importante dessa copa está lá no grupo F da competição, onde Camarões, Guiné-Bissau, Gana e Benin são os países protagonistas de um fato curioso: A similaridade de suas bandeiras.

Um observador desavisado talvez ache apenas que o fato de as bandeiras desses países serem quase idênticas seja apenas por conta de uma "falta de criatividade". Porém, aí que está o erro, a similaridade vem de um debate muito mais complexo.

Com passados turbulentos, muitos países africanos tiveram que lutar diversas guerras para conseguir a libertação dos seus povos das mãos exploradoras europeias. Com isso, as cores das bandeiras da maioria dos países da Africa tem relação com a luta de seu povo, além disso, também costuma retratar as belezas e riquezas presentes em cada país. Tratando especificamente dos países que estão presentes no grupo F, as cores das bandeiras tem seu significado específico, por exemplo, o vermelho, para Gana, homenageia todos os guerreiros que defenderam seu país em busca da independência. Porém, no caso de Camarões, está ligado a unidade. Contudo, o conjunto de cores tem um significado único. O motivo desses países usarem as cores vermelho, amarelo e verde em sua bandeira está relacionado com o movimento Pan-africano, que foi um movimento com viés político, filosófico e social que defendia, principalmente, o direito dos povos africanos e a união dos países de seu continente, como forma de ganhar força no cenário internacional.

Felipe Teófilo